“Muitas vezes perguntam-me se eu me sinto a regressar há cinco anos. Nalguma dimensão sim porque estávamos numa fase de grande crescimento e agora vamos ter que fazer outra vez uma fase de grande recuperação, mas felizmente não partimos do ponto de partida onde estávamos há cinco anos atrás”, admitiu António Costa durante a conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros que hoje tomou decisões sobre a nova fase de desconfinamento devido à pandemia.

Na perspetiva do primeiro-ministro, vão ser “dois anos” que Portugal tem “pela frente de combate” a esta crise.

“Mas estamos cá para isso, é para combater, para enfrentar esta crise e havemos de a vencer e sair dela mais robustecidos”, afirmou.

António Costa foi perentório ao afirmar que Portugal “tem capacidade para vencer esta crise económica”.

“Nós já vencemos outras crises no passado, saímos de uma ainda há bem pouco tempo e vamos agora de novo ser capazes de sair desta crise económica”, reiterou.

Segundo o primeiro-ministro, “houve 70 mil empregos que se perderam nas últimas semanas”, mas apesar de tudo ainda se está “longe da perda dos 350 mil empregos que tinha sido possível recuperar nos últimos cinco anos”.

“Não vamos ter o superavit que esperávamos ter e que tivemos o ano passado, mas vamos ter um défice hoje acomodável nas nossas finanças públicas”, enalteceu.

Portugal, de acordo com António Costa, está tem agora um “tecido empresarial que se reforçou com o investimento que fez ao longo destes cinco anos”.

“Esta crise não resulta nem de um problema da nossa economia nem das nossas finanças públicas nem do nosso sistema financeiro. É uma crise que tem uma causa muito bem identificada num problema de saúde pública à escala global”, referiu.