A NOS registou prejuízos de 10,4 milhões de euros no primeiro trimestre, o que compara com lucros de 42,5 milhões de euros em termos homólogos, com os resultados "amplamente impactados" pela pandemia, divulgou hoje a operadora.

"É para o futuro que já olhamos", afirma Miguel Almeida, numa mensagem no âmbito dos resultados do primeiro trimestre.

"O levantamento do estado de emergência, confirmado no passado dia 30, representa a entrada numa nova fase no caminho de retorno à normalidade. Na NOS estamos prontos para, progressivamente, irmos retomando toda a atividade", salienta, apontando que tal será feito "continuando a servir as famílias, empresas e instituições com elevados padrões de excelência e em segurança, como até aqui".

Miguel Almeida refere que mesmo antes de ser declarada a pandemia covid-19, a operadora de telecomunicações já tinha implementado um gabinete de crise com o objetivo de criar as condições necessárias para garantir "uma resposta rápida e eficaz" aos riscos do surto.

"Neste contexto, na NOS temos tido como principal missão, não só assegurar a saúde e proteção dos nossos colaboradores parceiros e clientes, mas também garantir a continuidade do nosso negócio, sobretudo numa altura em que os serviços de telecomunicações são ainda mais críticos para a sociedade: manter o país ligado e a funcionar tem sido a nossa prioridade", prossegue o gestor.

"Durante este período temos sido capazes de demonstrar a qualidade e resiliência das nossas redes e plataformas de serviço, bem como a nossa capacidade de adaptação, respondendo de forma exemplar a todas as exigências que o contexto nos colocou", destaca o gestor.

"Embora a continuidade da atividade não tenha sido possível em todas as áreas do grupo, nomeadamente na áreas dos cinemas, que estão integralmente encerrados desde 16 de março e, consequentemente quase toda a atividade de distribuição de audiovisuais, nos restantes negócios não só temos estado muito ativos, assegurando que continuamos a servir a comunidade (...), como também preparando o futuro e a próxima vaga de crescimento da NOS", refere.

Salienta que foi com esse objetivo que a NOS concluiu o acordo de venda da infraestrutura "passiva" da sua rede móvel.

"Esta venda, cujo processo já estava a decorrer antes da chegada da pandemia, permite-nos libertar capital empregue em ativos não diferenciadores, reinvestindo nos projetos de melhoria da experiência dos nossos clientes e de crescimento futuro", explica Miguel Almeida.

A concluir, Miguel Almeida deixa "uma profunda palavra de apreço a todos os colaboradores da NOS", bem como aos "parceiros, que neste contexto desafiante têm sido capazes de se reinventarem e de responder a esta ameaça com elevado sentido de responsabilidade e profissionalismo".

Nos primeiros três meses do ano, as receitas de exploração recuaram 3% para 345,4 milhões de euros e as receitas de telecomunicações baixaram 2,2% para 332,9 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 4,6% para 152,7 milhões de euros.