“Fechamos nos 73% [de quebra], ou seja, 3.270 milhões de perda total de receita na hotelaria”, disse aos jornalistas a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, durante a apresentação do inquérito "Balanço 2020 & Perspetivas 2021".

Relativamente às receitas de alojamento, a perda total a nível nacional foi na ordem dos 69%.

Segundo os dados da AHP, a taxa de ocupação hoteleira anual foi “mísera”, fixando-se nos 26%, tendo sido Lisboa, Açores, Madeira e a zona Norte as regiões mais afetadas.

“Dentro do mau relativo […], tivemos o Alentejo com a melhor performance relativa em termos de taxa de ocupação, ainda assim na ordem dos 40%”, revelou a AHP.

Menos significativa foi a quebra do preço médio por quarto, que rondou os 20%, demonstrando que, nos períodos em que estiveram abertos, os estabelecimentos hoteleiros não praticaram preços expressivamente mais baixos.

Do total dos inquiridos, 89% apontou Portugal como principal mercado em 2020, seguindo-se Espanha (apontado por 63% dos inquiridos) e França (indicado por 45%).

“Apenas 27% dos inquiridos apontou o Reino Unido como um dos três principais mercados em 2020. […] O mercado interno, que não significa mais do que 30% das dormidas atualmente, foi apresentado como principal mercado por 89% dos inquiridos, o que é uma alteração de paradigma”, disse Cristina Siza Vieira.

Com as condições atuais – fronteiras fechadas, aviões em terra e plano de vacinação em curso – quase 40% dos inquiridos admitiram não reabrir portas até ao final deste ano.

“Vai ser um ano muito, muito tímido em termos de aberturas. […] Vai ser um ano ainda pobre em termos de oferta de alojamento, porque, naturalmente, vai haver ainda muito pouca procura”, salientou a presidente executiva.

O inquérito foi realizado entre 04 e 28 de fevereiro, pelo Gabinete de Estudos e Estatística da AHP, junto dos empreendimentos turísticos associados e aderentes ao AHP Tourism Monitors, de todas as regiões do país.

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