"A situação empresarial da região do Oeste é de gravidade extrema”, depois de em 2020 as reservas de tesouraria das empresas “terem sido esgotadas”, afirma a FAERO – Federação das Associações Empresariais da Região Oeste, num comunicado em que alerta para o perigo de “uma crise social sem precedentes”.

Citado no comunicado, o presidente da federação, que congrega associações empresariais e comerciais de vários concelhos do Oeste, sublinha que “as consequências económicas provocadas pela pandemia serão avassaladoras em 2021”, ano em que o impacto “será muito maior” do que em 2020.

“Espera-se nos próximos meses o fecho de muitas empresas por falta de liquidez, não sendo a continuação de empréstimos uma solução sustentável”, disse Carlos Barros, lembrando que muitas “estão a suportar custos há um ano, em muitos casos sem apoios ou com um financiamento máximo de 70%”.

Ainda que em 2021 estejam previstos apoios de “aproximadamente 80% dos custos com os recursos humanos”, as empresas têm “um conjunto infindável de outros custos e encargos obrigatórios que fez com que as suas reservas terminassem”.

Atendendo aos dados que apontam para que os efeitos económicos da pandemia se prolonguem até 2022, a federação sustenta que “os apoios disponíveis não são suficientes” e lembra que “um número muito elevado de empresas não tem acesso a apoio por questões burocráticas".

Convicta de que “urge um efetivo sistema de apoio às empresas”, a federação e as respetivas associações empresariais criaram um gabinete de emergência, visando “contribuir ativamente para a sobrevivência das atividades económicas fundamentais para a sustentabilidade da região Oeste e coesão social”, pode ler-se no comunicado.

O gabinete pretende servir como mediador junto de entidades públicas “na procura de medidas e soluções que possam evitar a falência de empresas e o desemprego em escala”.

Na prática, vai disponibilizar todos os recursos existentes nas associações empresariais que integraram a federação, prestando apoio efetivo “na criação de minutas, análises financeiras, candidaturas, apoio jurídico e formação”, entre outros serviços.

Considerando que a maioria das empresas “estão desprovidas de tesouraria para pagar estes serviços de apoio”, os mesmos vão ser fornecidos gratuitamente, através do gabinete para o qual a federação solicitou o apoio financeiro dos municípios da região.

A funcionar desde segunda-feira, o gabinete conta, na fase de arranque, com equipas de consultores disponíveis nas associações comerciais de Alcobaça, Nazaré, Lourinhã, Caldas da Rainha e Peniche.

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