A Croácia abandonou assim a sua moeda nacional, a kuna, tendo a taxa de conversão sido fixada em 7,5345 kunas por cada euro.

Segundo o Banco Central Europeu (BCE), até final de 2023, todos os bens e serviços têm de ser indicados em kunas e em euros. Já durante duas semanas após a introdução do euro, tanto kunas como euros (moedas e notas) têm de ser aceites como meio de pagamento.

Em 2022, a moeda única celebrou os 20 anos de circulação física. Desde 1999 o euro já circulava como divisa nos mercados financeiros, mas só em 01 de janeiro de 2002 chegou aos bolsos dos consumidores.

Aos 12 países fundadores da zona euro (entre os quais Portugal) juntar-se-iam nos anos seguintes Eslovénia (2007), Chipre e Malta (2008), Eslováquia (2009), Estónia (2011), Letónia (2014) e Lituânia (2015). A Croácia torna-se, assim, o vigésimo país com a moeda única.

A adesão ao euro implica que o Estado-membro da União Europeia (UE) tem de cumprir compromissos económicos e financeiros, caso de inflação baixa e finanças públicas sólidas.

A Croácia tem quatro milhões de habitantes e um importante setor turístico. Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) ‘per capita’ (por habitante) ficou 30% abaixo da média da UE (em 2021, o de Portugal foi 26% abaixo da média comunitária).

Apesar dos benefícios que economistas anteveem na adesão ao euro, desde logo porque a maioria do comércio externo é com países da zona euro, os habitantes temem que a adoção do euro aumente ainda mais o preço dos produtos e serviços. Em novembro, a taxa de inflação da Croácia foi de 13,5%.

A Croácia viveu em guerra entre 1991 e 1995 no seguimento da declaração da independência face à Jugoslávia. O país pediu adesão à UE em 2003 e aderiu em 01 de julho de 2013.

O pais passa também a partir de hoje a integrar o espaço Schengen de livre circulação na União Europeia, que permite a 420 milhões de pessoas viajarem livremente entre os países membros sem passar por controlos fronteiriços, sendo este o oitavo alargamento e o primeiro ao fim de 11 anos.