“O Banco Popular Portugal informa que, em comunicado datado de 8 de junho de 2017 e na sequência da medida de resolução e venda do Banco Popular Español ao Banco Santander, a agência de notação financeira DBRS reviu em alta o rating de longo prazo de B para BBB”, disse o banco em comunicado ao mercado.

A DBRS colocou a perspetiva de ‘rating’ como “estável”, esperando-se assim a manutenção da nota.

Na terça-feira, a DBRS tinha descido o 'rating' do Banco Popular Portugal, na sequência da revisão em baixa do ‘rating’ da casa-mãe, o espanhol Banco Popular, perante a difícil situação do banco e sem haver então uma solução.

Na quarta-feira foi conhecido que o espanhol Santander vai adquirir 100% de Banco Popular por um euro, após o Banco Central Europeu ter constatado a inviabilidade da instituição de forma independente.

Em comunicados separados, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB) espanhol e o próprio Santander indicaram que a compra ocorre depois de um processo competitivo de venda organizado "no âmbito de uma medida de resolução", adotado pelo Conselho Único de Resolução europeu e executado pelo FROB.

Com esta decisão, disseram, está garantida a "a segurança dos depositantes do Banco Popular e a ausência de impacto para as finanças públicas" espanholas.

Para permitir a compra, o Conselho de Administração do Banco Santander irá aprovar um aumento de capital de 7 mil milhões de euros, que garantirão o capital e as provisões necessários para que o Banco Popular possa operar com normalidade.

Quanto à operação em Portugal, o português Santander Totta vai integrar o Banco Popular Portugal, tendo já anunciado o Santander Totta que com essa integração passará a deter uma quota de mercado de cerca de 17%, tornando-se no maior banco privado português em termos de ativos e de crédito e um dos maiores em termos de recursos.

O Banco Popular Portugal tem cerca de 1.000 trabalhadores.

Nos últimos anos, o Banco Popular Portugal passou por vários processos de reestruturação, incluindo saídas de pessoas.

Já em novembro de 2016, foi anunciado que o Banco Popular Portugal ia reduzir 295 trabalhadores e fechar 47 agências, e, segundo informações dadas à Lusa por fontes sindicais, as saídas de pessoal aconteceram.

Contudo, a instituição não deu mais novidades sobre como foi concluído o processo.