De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada, estimada em 328,5 mil pessoas, diminuiu 7,1% (25,1 mil) em comparação com o trimestre anterior e recuou 6,6% (23,3 mil) em relação ao segundo trimestre de 2018.
Na população empregada, 4.916,7 mil pessoas, foi observado um acréscimo trimestral de 0,7% (36,5 mil) e um acréscimo homólogo de 0,9% (42,6 mil).
A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 18,1%, tendo aumentado 0,5 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e diminuído 1,3 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.
A proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi 53,1%, mais 6,3 pontos percentuais do que no trimestre anterior e mais 0,8 pontos percentuais do que no homólogo.
A subutilização do trabalho - que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego – abrangeu 676,5 mil pessoas e a taxa correspondente foi de 12,4%.
A subutilização do trabalho diminuiu 8,3% (61,3 mil) em relação ao trimestre anterior e 5,9% (42,2 mil) em relação ao trimestre homólogo.
“A diminuição trimestral da população desempregada e da subutilização do trabalho no segundo trimestre de 2019 está em consonância com a trajetória descendente observada desde o primeiro trimestre de 2013 e que acumulou até ao momento uma diminuição de 64,6% e de 54,0%, respetivamente (abrangendo 598,3 mil e 793,1 mil pessoas)”, refere o INE.
Segundo acrescenta, “estas reduções refletiram-se igualmente nas taxas correspondentes, passando a taxa de desemprego de 17,5% para 6,3% e a taxa de subutilização do trabalho de 26,4% para 12,4%”.
Em relação aos jovens não empregados que não estão nem a estudar nem em formação, no segundo trimestre de 2019, do total de 2.204,2 mil jovens (dos 15 aos 34 anos), 8,7% (190,9 mil) estavam nesta situação.
Relativamente ao trimestre anterior, a taxa de jovens não empregados que não estavam em educação ou formação diminuiu 1,3 pontos percentuais (29,4 mil), tendo este decréscimo resultado da redução das mulheres (32,0 mil; 2,9 pontos percentuais), que mais do que compensou o ligeiro acréscimo nos homens (2,6 mil; 0,3 pontos percentuais).
A diminuição da taxa foi igualmente acompanhada por decréscimos em todos os grupos etários, sobretudo no dos 25 aos 34 anos (21,6 mil; 1,9 pontos percentuais).
Relativamente ao segundo trimestre de 2018, a taxa de jovens não empregados que não estavam em educação ou formação diminuiu 0,2 pontos percentuais (6,3 mil), sendo mais pronunciado nas mulheres (4,6 mil; 0,4 pontos percentuais) que nos homens (1,7 mil; 0,1 pontos percentuais). Este decréscimo ocorreu apenas nos grupos etários dos 15 aos 19 anos e dos 25 aos 34 anos, acrescenta.
Segundo o INE, no segundo trimestre de 2019 a taxa de desemprego foi superior à média nacional em cinco regiões do país: Região Autónoma dos Açores (8,2%), Área Metropolitana de Lisboa (7,1%), Alentejo (6,9%), Região Autónoma da Madeira (6,9%) e Algarve (6,7%).
A taxa de desemprego no Norte e na região Centro (6,2% e 4,7%, respetivamente) ficaram abaixo daquele valor.
Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou no Alentejo (0,6 pontos percentuais) e diminuiu nas restantes regiões, tendo os maiores decréscimos acontecido no Algarve (2,7 pontos percentuais) e na Área Metropolitana de Lisboa (0,7 pontos percentuais).
Em relação ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego aumentou no Algarve (1,4 pontos percentuais), manteve-se inalterada no Alentejo e na Região Autónoma dos Açores e diminuiu nas restantes regiões.
Os dois maiores decréscimos homólogos verificaram-se na Região Autónoma da Madeira (1,4 pontos percentuais) e no Norte (1,0 pontos percentuais).
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