“A auditoria dá resultados que são evidentemente preocupantes, mas é importante que se diga que isto não contenda em nada nem com os direitos, nem com aquilo que é o direito dos que beneficiam do apoio à doença dos militares, da ação social complementar”, referiu à margem da iniciativa “Viver o Douro com mais Segurança”, no Porto.
O governante referiu que agora já se sabe “em que ponto” está o IASFA e, isso, vai implicar alterar regras contabilísticas, aplicar medidas corretivas e encontrar uma solução.
O jornal Correio da Manhã avança, na sua edição de hoje, que uma autoria realizada ao IASFA, por ordem do Ministério da Defesa Nacional, detetou uma dívida de 50 milhões de euros.
“A auditoria teve como objetivo preciso a análise da situação e do funcionamento do sistema ADM [Assistência na Doença aos Militares] e identificou uma dívida acumulada que atinge os 39 milhões de euros, relativa a faturas acumuladas nos anos 2014, 2015 e 2016 e não registadas na contabilidade até 30 de setembro de 2016, acrescida de uma estimativa de 11 milhões de faturas ainda não recebidas”, é referido.
“O que mais me preocupava, aliás, era a indefinição quanto à real situação financeira ou quanto ao estado em que aquela entidade se encontrava”, afirmou Azeredo Lopes.
Por esse motivo, o ministro explicou que pediu uma auditoria às contas para saber “o mais depressa possível” em que ponto estava o IASFA.
“Encontrámos uma situação que no limite era caótica do ponto de vista da indefinição, quer de processo, quer de regras contabilísticas”, sustentou.
Azeredo Lopes vincou que, quando iniciou funções, “imediatamente pressentiu” que a situação do IASFA era “muito preocupante”, sublinhando que as suas intervenções públicas sobre o assunto são disso exemplo.
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