Fonte da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) revelou à agência Lusa que, em dezembro de 2017, a dívida global dos hospitais públicos à indústria farmacêutica totalizava 906,1 milhões de euros.
Deste valor, 664,6 milhões de euros são dívida vencida (superior a 90 dias), o que representa uma subida de 26,4% em relação a 2016.
Segundo a Apifarma, registou-se um agravamento de 111,7 milhões de euros da dívida total (mais 14%), face a dezembro de 2016 (794,4 milhões de euros).
Ainda assim, entre novembro e dezembro de 2017 a dívida total baixou de 1.113,1 milhões de euros para 906,1 milhões de euros, fruto do pagamento dos hospitais através do aumento do seu capital.
A 13 de novembro de 2017, o ministro da Saúde anunciou na Assembleia da República um reforço de 1.400 milhões de euros para os hospitais com vista ao pagamento de dívidas.
A primeira das três tranches deste reforço, no valor de 400 milhões de euros, já foi disponibilizada e usada pelos hospitais para o respetivo pagamento.
Também a 31 de dezembro de 2017, a dívida total dos hospitais públicos às empresas de dispositivos médicos ascendia a 316 milhões de euros, dos quais 205 milhões de euros eram dívida vencida.
De acordo com o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed), João Gonçalves, o tempo de pagamento diminuiu de 416 dias em novembro de 2017 para 367 dias em dezembro.
Esta redução deveu-se ao desbloqueamento da primeira tranche do reforço do capital dos hospitais públicos, no valor de 400 milhões de euros, disse.
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