A contração da economia alemã foi muito maior no segundo trimestre do que no primeiro (2,2%), acrescenta o banco central alemão no boletim mensal de julho, publicado hoje.

Na quinta-feira, serão publicados os números da atividade económica na Alemanha no segundo trimestre e espera-se uma contração de dois dígitos.

Até agora, a maior queda foi no segundo trimestre de 2009, depois do início da crise financeira, e foi de 7,9%.

Os economistas do Bundesbank acreditam que a economia alemã atingiu o seu ponto mais baixo em abril, como já demonstram alguns indicadores económicos conjunturais e outros dados aproximados sobre a forma como a pandemia está a afetar a economia na Alemanha.

O Bundesbank prevê que haverá uma recuperação no segundo semestre do ano com os programas de ajuda a curto prazo, embora desigual entre os vários setores económicos.

O setor retalhista tem beneficiado do aumento das compras depois das lojas terem estado fechadas durante vários meses e, por conseguinte, o volume de negócios aumentou acentuadamente já em maio.

Mas as empresas do setor transformador disseram em junho que a situação ainda era “má”.

A produção industrial e as exportações recuperaram em maio de uma forma contida.

A indústria já atingiu o nível mais baixo, mas só recuperou um quarto do declínio em março e abril.

O Bundesbank adverte que o desemprego aumentou acentuadamente na Alemanha apesar dos subsídios de emprego temporários, conhecidos como “Kurzarbeit”.

O número de trabalhadores que recebem indemnização por cessação de funções é mais elevado do que nunca e em abril eram 6,8 milhões de pessoas, 20% dos trabalhadores que pagam contribuições para a segurança social, de acordo com o Bundesbank.

No entanto, apesar dos benefícios, o desemprego aumentou acentuadamente na Alemanha, em todos os setores, exceto na administração pública, nos serviços bancários e de seguros, e na agricultura.

A taxa de desemprego na Alemanha subiu para 6,4% em junho.

Depois de terem caído desde março, os preços subiram novamente em junho na Alemanha devido ao aumento dos preços da energia.

O Bundesbank prevê um decréscimo da inflação a partir de julho, devido à descida temporária do (IVA Imposto sobre o Valor Acrescentado).