De acordo com a informação do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre a evolução do PIB (toda a riqueza produzida no país) angolano, com base em dados do Departamento de Contas Nacionais e Coordenação Estatística, este desempenho foi afetado sobretudo por setores como as pescas (-10,0%), indústria transformadora (-8,8%), extração e refinação de petróleo (-8,4%) e extração de diamantes e outros minerais (-6,1%).

Trata-se da terceira quebra homóloga (-7,4%) no PIB angolano mais acentuada no histórico disponibilizado pelo INE, desde 2010, apenas ultrapassada pela queda de 11,33% no quarto trimestre de 2015 e pela descida de 7,55% no terceiro trimestre de 2016.

É também o terceiro trimestre consecutivo de queda da economia angolana, que se mantém em recessão (pelo menos dois trimestres consecutivos em quebra).

No mesmo documento, a que a Lusa teve acesso, o INE agravou a previsão anterior de queda do PIB no primeiro trimestre de 2018, que passou dos -2,2% divulgados em agosto para os atuais -4,66%.

Segundo os dados do INE angolano, o terceiro trimestre de 2017 foi o último em que a economia em Angola apresentou crescimento, de 2,79% do PIB, face ao mesmo período do ano anterior.