A meio da quarta semana de paralisação parcial do governo norte-americano, o presidente do Conselho Económico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou aos jornalistas que o ‘shutdown’ do governo federal está a ter um forte impacto negativo no crescimento económico do país.
“Fizemos um cálculo preliminar, no início da crise, que apontava para danos menores do que aqueles que agora constatamos”, explicou Hassett.
Os assessores económicos da administração Trump defendem que o Congresso deve ter este facto em mente, embora considerem que uma parte do dano económico pode ainda ser corrigida, se houver uma solução atempada para o problema.
A pressão do Partido Democrata para que o Presidente dos EUA ceda às propostas do Congresso e assine as contas federais aumenta.
Hoje, a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, pediu a Donald Trump para que adie o discurso anual sobre o estado da União, marcado para 29 de janeiro.
Nancy Pelosi alega essencialmente questões de segurança, referindo que os serviços secretos e os funcionários do Departamento de Segurança Interna já não recebem pagamento há 26 dias.
“Infelizmente, dadas as preocupações de segurança e a menos que os serviços do Estado voltem a funcionar em pleno, sugiro que trabalhemos juntos para encontrar outra data (…) ou que faça o discurso sobre o estado da União por escrito”, disse a dirigente Democrata.
O discurso do estado da União é um exercício obrigatório para o Presidente explicar ao povo americano as prioridades da sua administração para o ano que começa.
Pelosi e Trump encontram-se há mais de três semanas envolvidos num impasse, com o Presidente a recusar assinar o orçamento de diversas agências federais enquanto o Congresso não aprovar o financiamento de um muro ao longo de toda a fronteira com o México.
Donald Trump continua a dizer que o ‘shutdown’ se prolongará “durante o tempo que for preciso”, assegurando que não cederá na sua exigência da construção do muro, que prometeu durante a campanha presidencial e que considera essencial para garantir a segurança dos norte-americanos.
Os legisladores do Partido Democrata, que tem a maioria na Câmara dos Representantes, já afirmaram que estão dispostos a financiar mecanismos de proteção na área da imigração, mas que não aprovarão dinheiro para a construção do muro, por considerarem a medida ineficaz.
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