A EDP Renováveis (EDPR) chegou a acordo com fundos geridos pela Macquarie Infrastructure e Real Assets (MIRA) para a compra do negócio de energias renováveis da Viesgo, com ‘enterprise value’ (valor de mercado) de 565 milhões de euros.

“A trasação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP, com subscrição reservada a acionistas no exercício dos seus direitos de preferência e outros investidores que adquiram direitos de subscrição”, lê-se na informação remetida ao mercado.

O Conselho de Administração aprovou hoje, por unanimidade, a emissão de ações.

O Banco Comercial Português (BCP), a J.P. Morgan Securities plc, o Morgan Stanley & Co. International plc, o BNP Paribas, o BofA Securities Europe SA e o Goldman Sachs International, por seu turno, comprometeram-se a procurar subscritores ou a “subscreverem em seu nome qualquer nova ação não subscrita no âmbito da emissão de ações”.

O acordo entre a EDPR e os fundos geridos pela MIRA inclui 24 parques eólicos e duas centrais mini-hídricas, localizadas em Espanha e Portugal.

A elétrica vai ainda comprar as duas centrais de geração térmica da Viesgo no sul de Espanha, que “potencialmente irão incorporar direito aos pontos de ligação à rede, de acordo com o ‘Green Deal Investment Plan and Just Transition Mechanism’ da União Europeia, após o descomissionamento das centrais térmicas em 2021”.

A EDPR explica que o acordo celebrado prevê também o estabelecimento de uma parceria de longo prazo com a MIRA para os negócios de redes de distribuição de eletricidade em Espanha.

Assim, a E-Redes, subsidiária da EDP para a distribuição de eletricidade em Espanha, e as empresas de distribuição de eletricidade da Viesgo (Viesgo Distribution e Begasa) será detida em 75,1% pela EDP e em 24,9% pela MIRA.

A transação da Viesgo implica um investimento líquido de 0,9 mil milhões de euros por parte da EDP e “resultará na consolidação pela EDP da dívida financeira líquida existente na Viesgo de 1,1 mil milhões de euros”.

Por sua vez, a MIRA irá investir um total de 0,7 mil milhões de euros.

Na sessão de hoje da bolsa, as ações da EDPR cederam 1,76% para 13,36 euros.