“Viramos assim a página muito dolorosa da crise de 2008 e dos défices excessivos provocados pela crise financeira de 2008″, afirmou, em conferência de imprensa, o comissário europeu, referindo-se ao facto de a Espanha ser o último país da zona euro ainda sob procedimento por défice excessivo (PDE).

Em 2017, a Espanha respeitou pela primeira vez o seu objetivo de redução do défice público sem renegociação com Bruxelas durante o ano, baixando-o para 3,07% do Produto Interno Bruto (PIB), e o objetivo para 2018 era de 2,2%, tendo o novo Governo socialista de Pedro Sánchez revisto em alta a meta, para 2,7%, ainda assim abaixo da “fasquia” dos 3% do PIB prevista no Pacto de Estabilidade e Crescimento.

Em 2011, no “pico” da crise, 24 dos 28 Estados-membros da União Europeia encontravam-se sob procedimento por défice excessivo, entre os quais Portugal, cujo PDE foi encerrado em julho de 2017, ao cabo de oito anos.

Na mesma conferência de imprensa de hoje em Paris, Pierre Moscovici admitiu todavia que, mesmo que deixe de haver países sob procedimento por défice excessivo, o executivo comunitário vai continuar a “seguir de perto” a situação orçamental de Itália, França, Grécia e Espanha.