“A urgência é fundamental”, porque se a aprovação for adiada, “o alcance da resposta não será o mesmo”, disse Giuseppe Conte durante uma conferência de imprensa conjunta, tendo Pedro Sánchez concordado e acrescentado que “julho tem de ser o mês do acordo”.
Há semanas que os 27 estão a negociar a aprovação de um fundo de recuperação, para responder à crise sanitária e económica provocada pela pandemia de covid-19.
A Comissão Europeia propõe que o fundo tenha um valor de 750 mil milhões de euros, dos quais 500 mil milhões seriam subsídios diretos e os restantes 250 mil milhões seriam empréstimos.
O primeiro-ministro espanhol salientou que “a Europa deve ser a resposta à crise resultante da pandemia de covid-19″ e descreveu a aprovação deste fundo como “um marco” e “um passo histórico e sem precedentes na construção” do “projeto comum que é a Europa”.
Giuseppe Conte visitou hoje em Madrid Pedro Sánchez depois de terça-feira ter sido recebido, em Lisboa, pelo primeiro-ministro de Portugal, António Costa, para preparar a cimeira de líderes europeus que se vai realizar em Bruxelas nos dias 17 e 18 de Julho, em que também será discutido o orçamento plurianual de 1,1 mil milhões de euros da União Europeia.
Tanto Conte como Sánchez insistiram que estas reuniões preparatórias não têm como objetivo formar uma aliança dos países do sul.
“Não estamos a falar de uma divisão geográfica”, disse Sánchez, concordando com o político italiano, que também defendeu que não se podia falar de uma “frente do sul”, ao mesmo tempo que pediu uma “resposta política ambiciosa” da Europa como um todo.
Os dois políticos, que governam dois dos países europeus mais afetados pela covid-19, insistiram na importância da unidade entre os parceiros da União Europeia, e ambos vão continuar as suas rondas de contactos com diferentes líderes europeus esta semana, antes da cimeira da próxima semana.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 544 mil mortos e infetou mais de 11,85 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (131.480) e mais casos de infeção confirmados (quase 3 milhões).
Seguem-se Brasil (66.741 mortes, quase 1,67 milhões de casos), Reino Unido (44.391 mortos, mais de 286 mil casos), Itália (34.899 mortos e quase 242 mil casos), México (32.014 mortos, mais de 268 mil casos), França (29.936 mortos, mais de 206 mil casos) e Espanha (28.392 mortos, mais de 252 mil casos).
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