“O PIB [Produto Interno Bruto] do quarto trimestre de 2019 deverá ter ficado entre os 1,7% e os 1,9% de crescimento homólogo, a que corresponde um crescimento trimestral entre 0,2% e 0,4%. Em qualquer dos casos, o PIB do conjunto do ano ter-se-á fixado nos 1,9%, um valor idêntico ao crescimento homólogo do segundo e terceiro trimestres”, lê-se na nota de conjuntura de janeiro do Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade.

Segundo refere, “no terceiro trimestre já se tinha registado um abrandamento do crescimento em cadeia, sobretudo devido ao comércio externo, que deverá ter prosseguido no trimestre seguinte”.

“Como vimos repetindo, as economias avançadas estão a viver uma desaceleração devido à finalização do ciclo económico, do qual resulta, inevitavelmente, este abrandamento da atividade a que vimos assistindo”, sustenta.

Dando conta dos “vários alertas” das últimas semanas “sobre o OE2020 [Orçamento do Estado para 2020] e sobre as finanças públicas portuguesas, o Fórum defende que “não é verdade que haja um reforço na saúde”.

“O montante previsto para 2020 para o SNS [Serviço Nacional de Saúde] é inferior à execução de 2019 em 121 milhões de euros; nos mapas do Governo, o SNS vê a sua despesa aumentar apenas 2,0%, enquanto a despesa primária aumenta 4,2%”, nota.

Já a Comissão Europeia, recorda, “continua a apontar um risco significativo de desvio e pede ao Governo reformas em matéria orçamental”.

Ainda apontado pelo Fórum é um “duplo problema” em Portugal, associado ao facto de o país “ter demasiado emprego nas microempresas (com menos de 10 trabalhadores)”: Primeiro porque este indicador está “claramente acima da média europeia” e, adicionalmente, “porque no país as microempresas têm uma produtividade muito inferior à das outras”.

“Se Portugal tivesse uma distribuição do emprego por dimensão das empresas em linha com a média da União Europeia, poderíamos ter um PIB cerca de 15% superior ao atual, o que mostra bem o que temos a ganhar em resolver este problema”, sustenta o gabinete dirigido pelo economista Pedro Braz Teixeira.

O Fórum para a Competitividade é uma associação que reúne empresas e sócios individuais e que se apresenta como “uma instituição ativa na promoção do aumento da competitividade de Portugal, através de estímulos ao desenvolvimento da produtividade nas empresas”.

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