Na época 2018-19, a Indústria do futebol profissional em Portugal contribuiu com 549 milhões de euros para o PIB português, o que perfaz 0,3% da riqueza nacional e a que corresponde um aumento de 39,2% face à temporada homóloga. Contribuiu ainda com 150 milhões de euros em impostos e foi responsável por mais de 2620 postos de trabalho, um aumento de quase 34% face ao ano anterior, revela a 3ª edição do Anuário do Futebol Profissional Português, uma parceria entre a Liga Portugal e a EY Portugal.

No documento apresentado hoje na Conferência “Futebol Profissional e Economia Pós Covid-19”, no Auditório do Parque dos Poetas, em Oeiras, lê-se que a subida da contribuição direta da indústria portuguesa de Futebol para o PIB deveu-se à entrada em vigor do novo ciclo de distribuição de receita das competições europeias (com um impacto positivo de 68 milhões), ao saldo crescente de transação de jogadores na Liga NOS (aumento de cerca de 72 milhões) e aos novos contratos de direitos audiovisuais com os operadores televisivos.

Numa época marcada pelo arranque do projeto de internacionalização da marca Liga Portugal - estreitamento de relação com a La Liga (Espanha) e com países de Língua Oficial Portuguesa -, Pedro Proença, presidente da Liga Portugal, destacou que “melhoria significativa dos principais rácios financeiros e económicos das Sociedades Desportivas” levou a “uma maior consolidação e equilíbrio competitivo” e a uma “maior preocupação em projetar as marcas dos emblemas e das competições do campeonato Português em novos mercados”.

“Foi uma época de grande dinamismo para o Futebol Profissional, sendo que o seu contributo para a economia nacional calculado neste Anuário fica, contudo, aquém da real dimensão, uma vez que da sua cadeia de valor resultam impactos indiretos e induzidos significativos que ainda não conseguimos contabilizar – como, por exemplo, os gastos em restauração em dias de jogo”, anotou Miguel Farinha, partner da EY Portugal e responsável pela área de Strategy and Transactions.

Sobre o impacto da pandemia de Covid-19, Proença sustentou que, apesar de ser “ainda impossível estimar as perdas avultadas” reforça a urgente obrigação do futebol “organizar-se de forma centralizada”, que permitirá “aumentar o poder negocial das empresas do setor face a um conjunto importante de ativos, como são os direitos audiovisuais”, referiu. Recorde-se que em 2018-2019, “67% dos jogos” da 1ª e 2ª Liga foram televisionados, um “aumento de 9 pontos percentuais face à época anterior.

Em relação ao futuro e à solidez do mundo da bola, de entre 12 temas vitais destacam-se a “centralização da comercialização dos direitos audiovisuais”, a “alteração dos regimes das apostas desportivas” proposta pela Liga Portugal, para uma “distribuição justa e equitativa da receita obtida pelas casas de apostas” e a “revisão do enquadramento fiscal em sede de IVA e IRC para as Sociedades Desportivas”, bem como a “diminuição de IRS relativa aos praticantes desportivos, enquanto políticas fiscais de incentivo à competitividade das Sociedades Desportivas”.

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