O aumento vai beneficiar cerca de 900 mil funcionários públicos, desde professores e médicos, a polícias, guardas prisionais, militares, funcionários do sistema judicial e outros funcionários públicos, alguns dos quais retroativamente desde abril, mas outros com início só em setembro.

Enfermeiros estão fora desta medida porque assinaram recentemente um acordo salarial separado, o que, segundo o ministério das Finanças, equivale a um aumento de 4,4% este ano.

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, qualificou o aumento para a função pública como um reconhecimento justo pela “contribuição vital para o país” durante a pandemia covid-19.

No entanto, o Partido Trabalhista considerou que o aumento, apesar de ser superior à taxa de inflação, não compensa a perda de poder de compra sofrida ao longo de sete anos de salários congelados.

“Um aumento salarial para a nossa polícia, enfermeiros e professores agora é uma boa notícia, mas para muitos trabalhadores da linha da frente ainda não vai compensar uma década de cortes reais nos salários”, lamentou a porta-voz para as questões financeiras, Anneliese Dodds.

O principal partido da oposição criticou também a falta de compensação para outros funcionários públicos que trabalham no setor social, como cuidadores empregados pelas autoridades locais, que enfrentam dificuldades financeiras.

A notícia do anúncio foi dada no dia em que o conselho de ministros do Governo liderado por Boris Johnson se reúne fisicamente na mesma sala pela primeira vez desde 17 de março, pois desde aquela data tem feito as reuniões por videoconferência devido a pandemia da covid-19.

Porém, em vez da pequena sala habitual na residência oficial do primeiro-ministro em Downing Street, o encontro vai ter lugar numa sala maior do Ministério dos Negócios Estrangeiros para permitir um distanciamento social adequado.