“Tentámos, honestamente, ser implacáveis a dizer a verdade”, afirmou Lagarde em Washington, um dia depois da divulgação da análise, contestada por Bruxelas e Atenas.
No documento, o FMI considera a dívida grega “insustentável” e “explosiva” e lança dúvidas sobre a capacidade de a Grécia alcançar um excedente primário de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um objetivo fixado pelos parceiros europeus ao país, que tem estado sob assistência financeira internacional desde 2010.
O diagnóstico da organização foi contestado pela zona euro e pela Grécia, que consideraram que o alarmismo do FMI não reflete a melhoria da situação em Atenas.
A Grécia “caminha para uma recuperação económica sólida”, considerou o ministro das Finanças grego, Euclide Tsakalotos.
“Após anos de recessão prolongada, os primeiros sinais de crescimento robusto, de uma taxa de desemprego a diminuir e de um aumento da confiança no país começam a aparecer”, acrescentou.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que o relatório do FMI estava ultrapassado e que não refletia os progressos alcançados pela Grécia.
Lagarde reagiu às críticas, alegando que se devem ao facto de o FMI continuar a pedir à Grécia para reformar a sua economia.
O FMI condiciona a sua participação financeira no resgate concedido à Grécia em 2015 à adoção de mais reformas no país, nomeadamente no sistema de pensões e a um compromisso da zona euro no sentido de aliviar a dívida grega para a colocar a um nível “sustentável”.
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