De acordo com a média das estimativas dos analistas ouvidos pela agência Lusa, o crescimento da economia portuguesa deverá manter-se constante no terceiro trimestre, ao crescer 0,5% em cadeia e 2,3% face ao mesmo período de 2017.
Os analistas consultados pela Lusa estimam que o crescimento se situe entre os 2,2% e os 2,4% em termos homólogos e os 0,4% e os 0,6% em cadeia.
Ao nível do crescimento homólogo, as previsões mais otimistas (2,4%) foram dadas pelo Montepio e a XTB.
Para o economista chefe do Montepio, Rui Serra, a estimativa é de um crescimento em cadeia de 0,6% e de 2,4% em termos homólogos, mantendo, nos dois casos, o ritmo do 2.º trimestre.
Para o conjunto do ano, o Montepio mantém a previsão de um crescimento anual de 2,3% (em linha com a estimada pelo Governo).
Para o gestor da XTB, Pedro Amorim, a expectativa para o crescimento do PIB do terceiro trimestre é de 0,5% (trimestral) e de 2,4% (anual).
No entanto, alerta, poderá registar-se uma redução do crescimento para 2,3% no final do ano, como apontam as agências de ‘rating’, devido ao aumento de taxas de juro das dívidas soberanas, provocado pelo sentimento de instabilidade da economia italiana.
O economista do Santander Bruno Fernandes estima, por sua vez, que o crescimento homólogo do PIB se situe nos 2,3% no terceiro trimestre, à semelhança do anterior, e nos 0,4% em comparação com o trimestre anterior.
A previsão mais pessimista em termos homólogos foi indicada pela economista do banco BPI Teresa Gil Pinheiro, que para o terceiro trimestre antecipou uma desaceleração ligeira, para 0,4% trimestral e 2,2% homólogo, em linha com os indicadores de atividade e de confiança, “que permanecem num patamar elevado, mas decresceram desde o início do ano”.
“O principal contributo deverá ter origem na procura interna, enquanto a procura externa líquida terá um contributo provavelmente negativo, mantendo o perfil dos trimestres anteriores”, referiu.
O banco BPI estima que o PIB se situe nos 2,1% no conjunto do ano, abaixo da previsão do Governo de 2,3%.
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