O presidente da associação, Daniel Serra, realçou que a situação é de “sobressalto” com os números do novo estudo a revelarem uma realidade “complexa e ambivalente, crescentes prejuízos económicos e a desestruturação, de todo um cluster ligado ao turismo, que são cada vez mais uma realidade”.
Após as 624 respostas obtidas em todo o país entre os dias 08 e 10 de junho o estudo revela que 42,4% dos inquiridos têm exposição ao turismo estrangeiro e dois terços destes espaços de restauração tiveram, na primeira semana de junho quebras de faturação acima dos 50% face a 2019.
Já os restaurantes de rua, em zonas de baixa densidade, encontram-se também em dificuldade mas com menos incidência de insolvências e falências, onde um em cada quatro estabelecimentos se encontra nestas circunstâncias.
A associação pede ao Governo que reveja os apoios para o setor para que incluam os estabelecimentos com mais de 40% de quebra na faturação, alterações nas taxas do IVA e a reestruturação das linhas de crédito COVID19.
No segmento da empresas em zonas turísticas, o número com quebras de faturação superiores a 50% face a 2019, era de 86,56% em janeiro, de 58,8% em maio e de 47,05% na primeira semana junho, com 67,34% empresas a revelarem níveis de endividamento muito elevado e 77,94% a dizerem que os apoios não cobrem sequer metade das despesas até à data.
Daniel Serra destacou que cerca de um terço das empresas (32,25 %), está em risco e a ponderar apresentar pedidos de insolvência ou em situação de falência. Ainda assim 65,15% das empresas revelaram estar a recuperar.
Nos 17,7% dos inquiridos que exercerem a sua atividade em centros comerciais, 85,18% reportaram quebras superiores a 50% em janeiro, 69,23% em maio e 61,5% na primeira semana de junho, com 89,9% das empresas a revelarem níveis de endividamento muito elevado e 86,6% a dizerem que os apoios não cobrem sequer metade das despesas até à data.
Dois em cada três estabelecimentos (66,2%), estão em risco e a ponderar apresentar pedidos de insolvência ou em situação de falência e apenas uma em cada quatro empresas (24,2%), está a recuperar.
No global, ao valores são menos preocupantes com 35,4% a reportar quebras superiores a 50% em janeiro, 24,53% em maio e 19,56% na primeira semana de junho, com 73,83% das empresas com níveis de endividamento muito elevado e 82,3% a indicarem que os apoios não cobrem sequer metade das despesas até à data.
12,5 % das empresas apontaram estar em risco e a ponderar apresentar pedidos de insolvência ou estão em situação de falência. No entanto a recuperação do setor parece estar em curso e 63,55% dos inquiridos relatam estar a crescer na faturação.
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