“Esperamos ainda antes do final do mês ter a famosa linha dos 150 milhões de euros disponíveis nas instituições de crédito e esperamos ainda antes do final do ano ter uma linha de recapitalização estratégica disponível”, afirmou Pedro Siza Vieira no 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, em Albufeira.
“Não tenho a certeza de que consigamos ter o Programa Reforçar para ajudar as empresas a amortizar as suas linhas de crédito garantidas porque não temos Orçamento do Estado para o próximo ano, mas esperemos que isso possa ser compensado”, acrescentou.
Em 27 de setembro, em Coimbra, antes de ter sido chumbado o Orçamento do Estado para 2022, o ministro anunciou que o Governo ia continuar a lançar linhas de crédito para apoiar o setor do turismo, cuja retoma em curso ainda “vai ser lenta”.
Ao intervir na sessão de abertura da Conferência Mundial do Turismo, promovida pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Pedro Siza Vieira anunciou, na altura, que nas próximas semanas seria lançada uma nova linha de 150 milhões de euros para reforçar a oferta existente.
“Nos próximos tempos precisaremos de continuar a apoiar as empresas do setor turístico, porque apesar de já estar aí a retoma ela ainda vai ser lenta”, disse o governante.
O ministro disse que estava em curso o programa Retomar para ajudar as empresas nas “discussões que estão a ter com os seus bancos no sentido de assegurarem o ajustamento dos seus créditos sobre moratórias às condições operacionais que podem antecipar”.
Este programa vai, então, ser reforçado com 150 milhões de euros, “quer no Turismo de Portugal, quer no sistema bancário para pequenas e médias empresas”, adiantou.
Pedro Siza Vieira anunciou ainda, em Coimbra, o lançamento do programa Adaptar para atribuir incentivos a empresas do setor para fazerem “pequenos investimentos para adequar as suas ofertas àquilo que são as novas condições de operação”.
Para o início do ano estava previsto, assim, o lançamento do programa Reforçar, para empresas que pretendam começar a reduzir o seu endividamento ao abrigo das linhas covid-19.
“Permitiremos que as empresas dos setores mais afetados possam ter acesso a um incentivo a fundo perdido, desde que coloquem montantes do mesmo valor para amortizarem o seu endividamento atual”, frisou o governante.
O ministro garantiu ainda que o Governo vai manter nos próximos meses o regime de apoio à retoma progressiva, que apoia os setores mais afetados com o pagamento de parte dos salários dos trabalhadores quando as empresas não tenham capacidade de os fazer plenamente.
“É uma medida de proteção ao emprego que, ao mesmo tempo, constitui também um alívio à tesouraria das empresas durante estes tempos de alguma incerteza”, disse em 27 de setembro.
O Congresso promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) vai decorrer até sexta-feira em Albufeira, e conta com um número recorde de inscritos, quase 600, para um “reencontro” que a associação do setor quer que marque “o momento de ‘recomeçar'”, como disse a vice-presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, à Lusa.
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