Este projeto está integrado no Plano de Pormenor da localidade do Prior Velho (PPPV) e visa a reabilitação e requalificação dos terrenos que estiveram ocupados durante muitos anos pelo bairro de barracas da Quinta da Serra (atualmente já demolidas), abrangendo uma área total de cerca de 21 hectares.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures (distrito de Lisboa), Bernardino Soares, explicou que este plano pressupõe ainda a criação de infraestruturas rodoviárias, de espaços verdes e a construção de áreas de habitação e atividades económicas.
"Trata-se de uma proposta que está em discussão pública e que no sábado irá ser apresentada à população. O nosso objetivo é recolher o maior número de contributos possíveis, pois não se trata de uma proposta fechada", sublinhou o autarca comunista.
Bernardino Soares referiu que a construção do Centro de Congressos é um dos projetos mais ambiciosos do Plano de PPPV e que a intenção é "aproveitar a proximidade daquela localidade com o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa (cerca de cinco minutos).
Relativamente à rede viária, o PPPV prevê a criação a de um túnel e de um viaduto para melhorar a ligação a norte entre a vila do Prior Velho e a cidade de Sacavém e a sul com a localidade da Portela.
A criação de um "grande espaço verde de recreio e lazer" é outro dos projetos contemplados neste plano.
"Este espaço será uma zona de transição entre a zona predominantemente habitacional, organizada em torno de uma grande alameda, que pretende ser o eixo mais atrativo desta área e que se vai prolongar pela atual Avenida Vasco da Gama e um grande edifício de serviços e terciário com 21 pisos, que se pretende que seja uma referência metropolitana pela sua volumetria, arquitetura e função", explicou Bernardino Soares
O plano prevê ainda a construção total de 935 fogos, distribuídos por nove lotes, contemplando usos habitacionais e atividades económicas.
O investimento total previsto para a execução deste plano, que será da responsabilidade de promotores privados é de cerca de 200 milhões de euros.
Aos promotores deste projeto caberá ainda a responsabilidade de indemnizar ou realojar os moradores de algumas construções precárias que ainda subsistem.
O PPPV vai estar em discussão pública até dia 16 de março.
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