Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil refere que o resultado líquido nos primeiros seis meses deste ano ascendeu a "5,7 milhões de euros ou 15,2 milhões de euros, excluindo o impacto da IAS 29 (4,6 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, data em que aquela regra não se aplicava".
O volume de negócios da construtora subiu 4,6% para 1.251 milhões de euros, "que refletiu a fase de transição entre um conjunto de projetos relevantes que estão a terminar e um conjunto de novos projetos na América Latina e em África (nomeadamente em novos mercados) que estão agora na sua fase de arranque", adianta a empresa.
"Neste capítulo, há que salientar o aumento balanceado do volume de negócios em todas as regiões", na Europa foi de 7%, África 4% e América Latina 4%, acrescentou a construtora portuguesa.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) caiu 5% para 176 milhões de euros, "influenciado positivamente pela atividade em África (crescimento de 6%) e na América Latina (crescimento de 12%), mas influenciado negativamente pela atividade na Europa (decréscimo de 25%), nomeadamente no segmento E&C e pela adoção da IAS 29 (quatro milhões de euros)".
Relativamente ao resultado operacional (EBIT), este "ascendeu a 90 milhões de euros e foi influenciado essencialmente pela redução verificada no EBITDA", traduzindo-se numa quebra de 7%.
"No seguimento da adjudicação de novos e grandes projetos na região de África, nomeadamente na Tanzânia, na Costa do Marfim e em Moçambique, e da execução do plano de investimentos definido para as empresas concessionárias da EGF, o investimento no primeiro semestre de 2018 ascendeu a 111 milhões de euros, dos quais 82 milhões de euros afetos à região de África e 17 milhões de euros afetos às empresas concessionárias da EGF", adianta o grupo.
A construtora adianta que "parte significativa" do investimento em África "foi canalizada para contratos de longa duração em Moçambique e na Guiné (36 milhões de euros) e para dois projetos relevantes, um na Tanzânia e outro na Costa do Marfim (35 milhões de euros)".
No final de junho, a dívida líquida era de 1.002 milhões de euros, "tendo registado um aumento de cerca de 124 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2017, justificado, essencialmente, pelo elevado nível de investimento e pela deterioração sazonal do fundo de maneio em alguns mercados".
(Notícia atualizada às 11h51)
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