Segundo adianta hoje a agência EFE, as contas da empresa de Buffett – a Berkshire Hathaway – têm sido particularmente voláteis desde 2018, devido a uma regra contabilística que entrou em vigor nessa altura e que a obriga a incluir a variação do valor das acções que detém, o que, dada a sua enorme carteira, provoca grandes movimentos em função da orientação dos mercados.
Todos os anos, o comunicado de imprensa da empresa de Buffett contém habitualmente uma advertência neste sentido: “O montante dos ganhos/perdas de investimento num determinado trimestre é frequentemente insignificante e resulta em valores de resultados líquidos por acção que podem ser muito enganadores para os investidores com pouco ou nenhum conhecimento das regras contabilísticas”.
Por esta razão, o famoso investidor norte-americano, que é muito crítico em relação a estas regras contabilísticas, aponta sempre o lucro operacional como uma forma mais fiável de analisar o desempenho da sua empresa.
Com base nos lucros operacionais, a Berkshire Hathaway registou um lucro entre janeiro e março de 8,065 mil milhões de dólares, (cerca de 7,19 mil milhões de euros), mais 12,6% do que os 7,160 mil milhões dos primeiros meses de 2022.
Dois dos sectores que mais melhoraram foram a subscrição de seguros, que registou um lucro de 911 milhões de dólares em comparação com 167 milhões de dólares um ano antes, e o investimento em seguros, cujo lucro saltou 68% para 1,969 mil milhões de dólares (cerca de 1,76 mil milhões de euros).
Numa carta dirigida aos investidores, Buffett, também conhecido como o “oráculo de Omaha”, onde está sediada a sua empresa, recomendou o investimento em duas das suas filiais, a seguradora Geiko e a joalharia Borsheim’s.
No comunicado, a empresa refere que cerca de 4,4 mil milhões de dólares (cerca de 3,9 mil milhões de euros) foram utilizados no primeiro trimestre para recomprar acções da Berkshire Classe A e Classe B.
Na negociação electrónica após o fecho da Bolsa de Nova Iorque, as acções A da empresa subiram 0,47%. Até agora, este ano, as acções de classe A da empresa subiram 4,93%.
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