“Na minha opinião, estamos num momento em que é necessário apostar em Itália e surpreende-me que um italiano envenene o ambiente desta maneira”, afirmou Di Maio, que é também vice-primeiro-ministro, num programa de televisão que será emitido hoje à noite pela televisão pública italiana, que já divulgou alguns excertos.
Draghi afirmou na quinta-feira, em Frankfurt, que a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) “está orientada para garantir a estabilidade de preços e não para financiar défices orçamentais” e disse que, nesta altura, tem havido um contágio apenas “limitado” das subidas de juros registadas em Itália a outros países.
O presidente do BCE disse ainda estar confiante quanto a um acordo entre a Comissão Europeia e as autoridades italianas.
A Comissão Europeia rejeitou na terça-feira o plano orçamental de Itália para 2019 e deu ao Governo italiano três semanas para apresentar um novo orçamento.
A Itália é o primeiro país a ver o seu projeto orçamental ‘chumbado’ pela Comissão Europeia desde a implementação do “semestre europeu” de coordenação de políticas económicas e orçamentais, instituído em 2010.
O Governo italiano apresentou como meta do défice para 2019 o valor de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o triplo do estimado pelo anterior executivo (0,8%).
“Estamos a trabalhar num orçamento para ajudar os mais fracos” afirmou Di Maio no programa, reiterando no entanto que Itália não tenciona abandonar a União Europeia ou a zona euro.
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