Desde que começou 2021 já encerraram, pelo menos, 9.484 empresas, segundo dados disponíveis no Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes ao primeiro trimestre do ano.
Em média, fecharam mais de três mil empresas por mês entre janeiro e abril, um número muito superior ao registado nos últimos dois anos, quando ainda estávamos num cenário de pré-pandemia - de recordar que o primeiro confinamento teve início a 18 de março do ano passado. O número de encerramentos revela um aumento de cerca de 82% face aos primeiros três meses de 2019, em que encerraram 5.209 empresas, e de 94% face ao mesmo período de 2020, em que encerraram 4.866 empresas.
Janeiro, mês em que fecharam 5.211 empresas, com ênfase nas atividades do comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos (1346), alojamento, restauração e similares (637) e construção (702) foi, até ao momento o pior do ano. A tendência abrandou em fevereiro, com 3.249 fechos. Em março o número de encerramentos caíram para 1.024. Em ambos os meses as atividades afetadas foram as mesmas de janeiro.
Apesar do número de encerramentos de empresas no primeiro trimestre ter sido o mais elevado desde 2019, o saldo entre constituições e dissoluções continua a ser positivo em Portugal, uma vez que foram criadas 9.957 empresas nos primeiros três meses de 2021, ou seja, mais 473 aberturas do que fechos.
A matemática diz-nos que o número é positivo, mas a estatística relembra-nos que este valor é bastante inferior ao registado em 2019 e 2020, em que foram criadas, no mesmo período, 15.677 empresas e 11.924 empresas, respetivamente.
No que diz respeito aos saldos, há dois anos, foram criadas no primeiro trimestre mais 10.468 empresas do que as que encerraram. Há um ano, o saldo positivo foi de 7.058.
Em 2019, fecharam mais empresas do que em 2020. No entanto, o número de empresas criadas de um ano para o outro caiu de 47.492 aberturas em 2019 para 36.541 no total de 2020.
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