“Há muitas vezes na discussão sobre este plano a ideia que está lá tudo o que tem a ver com a estratégia para os próximos 10 anos, mas não está, está uma parte, há muita coisa que não está lá porque é para ser financiada por outros fundos europeus ou porque está prevista noutros planos nacionais”, vincou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à saída de uma visita aos Clérigos, no Porto.
O Chefe de Estado referiu que se falou “tanto dele” que os portugueses estão à espera de ver nele a resposta para “tudo e quase tudo e para grande problemas nacionais”.
Reforçando que o plano é uma “peça” da estratégia, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que “há muitos investimentos fundamentais e estruturantes” que não estão no documento porque estão no quadro financeiro plurianual.
“Há muitos aspetos importantes do ordenamento do território que não estão lá porque estão no plano do ordenamento do território e há muitos aspetos relacionados com o clima que não estão lá, mas estão no plano para o clima”, exemplificou.
Os portugueses acham que tem de “estar tudo” no plano, mas não tem, vincou, lembrando que o documento assenta em três ideias básicas, nomeadamente a transição energética, a digitalização e a situação na saúde, habitação e setores sociais.
“E o resto?”, questionou, respondendo de seguida que entram noutros financiamento europeus.
E, tudo somado, chega-se à “tal estratégia” nacional, frisou.
Aquilo que todos os portugueses querem é que o dinheiro europeu venha o mais rápido possível, seja utilizado da melhor maneira possível e executado com controlo e fiscalização.
Na sua opinião, o país não pode correr o risco de perder dinheiro porque não é utilizado a tempo e porque é mal usado.
“Está é uma oportunidade única, não apenas para acorrer a situações críticas que vivemos e vamos viver nos próximos meses, mas para construir um país diferente e se não aproveitamos para construir um país diferente nunca mais teremos este dinheiro vindo da Europa”, reforçou.
Marcelo Rebelo de Sousa ressalvou que o ambiente que permitiu, neste momento, a aprovação deste financiamento global é “irrepetível”.
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