“Esta consolidação do ‘rating’ da República portuguesa no grau de investimento pelas quatro principais agências de notação financeira é um sinal claro de que o caminho que escolhemos há três anos é um caminho credível, era um caminho possível que está a ser feito com base no equilíbrio das contas públicas”, disse o ministro das Finanças, Mário Centeno.
Numa declaração aos jornalistas no Ministério das Finanças, sem direito a perguntas, o ministro reagiu à subida do ‘rating’ pela agência de notação financeira Moody's, que passou Portugal para ‘Baa3’, com perspetiva estável, retirando o país do nível ‘lixo’.
“Esta revisão coloca a dívida portuguesa com a classificação de investimento por todas as quatro maiores agências de ‘rating’ mundiais”, enfatizou o ministro, acrescentado que é a primeira vez que isto acontece desde julho de 2011.
Para Mário Centeno, “estas avaliações refletem o mérito dos portugueses em ultrapassar as dificuldades” que foram “colocadas durante a crise”.
“Hoje temos confiança, reconhecimento e credibilidade nos mercados internacionais”, salientou o ministro das Finanças.
“Esse reconhecimento revela o notável desempenho da economia portuguesa em várias dimensões, desde logo no crescimento, na criação de emprego e na redução do desemprego, mas também no facto de este crescimento ser sustentado em dois pilares que reforçam a confiança no futuro, no investimento e nas exportações”, afirmou Centeno.
Com a retirada de Portugal do ‘lixo’ pela Moody’s, as quatro agências principais de ‘rating’ reconhecem que “o setor financeiro em Portugal está mais sólido, mais resiliente, muito mais eficaz”, disse ainda o ministro das Finanças.
Este reconhecimento “do esforço dos portugueses” também é visto ao nível da evolução das finanças públicas, com a “redução consistente do défice orçamental”, que é das maiores no espaço europeu dos últimos anos.
Mário Centeno referiu que em 2017 Portugal registou “a maior redução da dívida pública dos últimos 19 anos”, salientando que as projeções para 2018 “confirmam esta tendência e assim se deverá manter”.
“O compromisso que o país assumiu internamente de consolidação das contas públicas é um compromisso credível, que devemos manter”, afirmou o ministro, destacando que, “passados sete anos, Portugal está hoje em pleno nos mercados”.
Segundo afirmou, a revisão do ‘rating’ “contribuiu ainda mais para alargar a base de investidores internacionais na dívida pública portuguesa e assim reduzir os custos de financiamento das famílias, das empresas e, naturalmente, do Estado”.
“Esta credibilidade e sustentabilidade deve naturalmente ser partilhada por todos”, disse, concluindo: “Hoje é um bom dia para a economia portuguesa, para as finanças em Portugal e devemos estar todos orgulhosos”.
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