
Na apresentação do Boletim Económico de março, onde foi revista em alta a previsão de crescimento da economia portuguesa para 2,3% este ano, Mário Centeno foi questionado sobre o impacto da crise política nas previsões e assumiu que não “melhora” a situação económica.
“E vão três, em 2022, 2024 e agora 2025”, começou por responder o governador do BdP, recordando as últimas eleições. Centeno apontou que “os agentes económicos adoram previsibilidade, estabilidade, capacidade de projetar o futuro, por isso a variável que mais sofre com a incerteza é o investimento”.
O ex-ministro das Finanças salientou que Portugal beneficia neste momento de uma economia resiliente, o que assenta nas “qualificações e na capacidade de gerar emprego e receber contributos de mão de obra do exterior, juntamente com a situação financeira” de estabilidade.
“Se esses pilares forem afetados pela incerteza que vem de fora da economia, a situação pode tornar-se mais complexa”, alertou.
Ainda assim, ao longo destes anos e três eleições, a economia portuguesa “tem tido condições de resiliência, que são positivas e não antecipamos que venham a ser postas em causa”, afirmou.
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