“Os agentes económicos precisam de previsibilidade naquilo que são as políticas públicas. Quando se estão a fazer estratégias de cooperação entre as empresas, instituições de ensino superior e instituições públicas para melhorar a formação profissional e a investigação e desenvolvimento, é importante que o Estado seja previsível, porque sem isso não é possível continuar a melhorar estruturalmente a nossa economia”, disse.
Siza Vieira falava na Universidade de Aveiro, onde presidiu à assinatura de 10 “Pactos Setoriais para a Competitividade e Internacionalização”.
Os setores que subscreveram os pactos correspondem a mais de 576 mil empregos e ultrapassam os 60 mil milhões de euros em volume de negócios, segundo dados divulgados pelo próprio Ministério da Economia.
Segundo o ministro, a “economia está hoje mais robusta e mais competitiva internacionalmente e os 'clusters' são um bom exemplo disso”, mas a conjuntura internacional “é algo que tem altos e baixos”
“O importante é assegurar que as empresas portuguesas estão mais bem preparadas para poder aproveitar os momentos altos do ciclo económico e resistirem melhor aos momentos menos bons do ciclo económico”, declarou.
Siza Vieira destacou que os subscritores dos pactos são “muito vocacionados para a exportação”, representando cerca de 55% das exportações nacionais e “têm um contributo para o emprego muito grande”.
“O que viemos aqui fazer foi também assumir compromissos de mais médio prazo entre o Estado e estes setores, para os ajudar a concretizar os objetivos estratégicos que definiram, em termos de emprego, valor acrescentado, e exportações”, explicou.
Os acordos hoje assinados dizem respeito a 'clusters' reconhecidos pelo IAPMEI em 2017, no âmbito do Programa Interface, e que são: AED Cluster, Plataforma Ferroviária Portuguesa, Cluster de Competitividade da Petroquímica, Química Industrial e Refinação, Cluster do Calçado e da Moda, Cluster do Mar Português, Cluster Portugal Mineral Resources, Cluster Habitat Sustentável, Smart Cities Portugal Cluster, Cluster Têxtil: Tecnologia e Moda, e TICE.PT.
Em março e abril, o Governo assinou os primeiros seis Pactos Setoriais de Competitividade e Internacionalização, que materializam um conjunto de novas iniciativas nos domínios da digitalização das indústrias (i4.0), da capacitação de recursos humanos, na consolidação dos fatores de atratividade externa do país, na internacionalização e na promoção da investigação e desenvolvimento.
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