“O banco de fomento está neste momento a funcionar em velocidade cruzeiro, vamos ver agora que aquilo que tem sido a capacidade de captar recursos junto do Banco Europeu de Investimento e junto de outras instituições vai começar a chegar de forma mais continuada e visível à economia e às empresas”, disse Pedro Siza Vieira, à margem da assinatura de um acordo com a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) e o BCP para este banco comercial emprestar 60 milhões de euros a empresas.

O ministro tinha sido questionado a propósito das declarações que fez hoje de manhã no parlamento de que a IFD (mais conhecida como banco de fomento) tem de afirmar o seu papel e concretizar "a promessa que não conseguiu cumprir" aquando da sua criação em 2014, quando foi apresentado como "banco promocional, de fomento".

O governante explicou que o que o executivo quer é assegurar que o banco de fomento tem os instrumentos adequados à sua atuação e à ajuda às empresas.

Siza Vieira considerou que os 60 milhões de euros que o BCP colocará no mercado, usando financiamento do Banco Europeu de Investimento, vem colmatar uma falha frequentemente referida pelos empresários, de crédito a mais longo prazo, uma vez que permite financiamento até 12 anos.

O Ministro Adjunto e da Economia disse ainda que está a ser negociada outra linha de crédito a empresas com outro grande banco nacional, mas não quis adiantar mais pormenores.

Já o presidente do BCP, Miguel Maya, considerou que este acordo de financiamento está alinhado com a estratégia do banco que lidera, que disse que passa pelo crescimento do crédito a empresas, recordando que entre janeiro e setembro do ano passado 65% do novo crédito foi para projetos empresariais.

O gestor recordou que o BCP consolida em Portugal e que tem aqui o seu mercado principal, pelo que lhe interessa dar “um maior apoio aos empresários que operam em Portugal”.

Por fim, o presidente do banco de fomento, Henrique Cruz, disse que de início a instituição que ldiera precisou de tempo para estabelecer parcerias com intermediários financeiros, o que foi feito ao longo dos últimos dois anos, e que chegou “agora ao momento de chegar ao mercado os produtos financeiros”.

“Há um ano tínhamos conseguido fazer chegar às empresas 70 milhões de euros, com esta operação anunciada com o BCP vamos ultrapassar os 500 milhões de euros de dinheiro aprovado ao serviço das empresas, que se desdobram entre instrumentos de garantia, mas também de capital”, afirmou.

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