No final da reunião do Eurogrupo, em Berlim, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, João Leão afirmou que há cinco anos que as negociações da proposta do orçamento são “exigentes e desafiantes” e considerou que “há progressos significativos”.
“Temos esperança na aprovação do Orçamento do Estado”, disse.
Sobre a proposta do salário mínimo nacional, considerou prematuro avançar com um valor, uma vez que ainda serão ouvidos os parceiros sociais, mas deixou a indicação de que o valor do aumento para o próximo ano deve ter “algum significado mas também ser equilibrado”, de modo a que os setores mais atingidos pela crise desencadeada pela covid-19 tenham capacidade de o pagar.
"Deve ser um aumento que faça o compromisso entre duas questões importantes: aumentar o rendimento dos trabalhadores com salários baixos e dar um sinal importante ao resto da economia, criar expectativas nos trabalhadores de aumento dos seus rendimentos, e ao mesmo tempo haver um compromisso com a capacidade de as empresas suportarem esse aumento do salário mínimo", explicou.
Na quarta-feira, o ministro das Finanças defendeu que no próximo ano deve haver margem para aumentar "com significado" o salário mínimo nacional, após uma negociação na Concertação Social.
"A nossa intenção é no próximo ano prosseguir com o diálogo que tem de ser feito na Concertação Social, com o aumento do salário mínimo e que haja um aumento com significado", afirmou o ministro na Grande Entrevista, transmitida pela RTP3.
A CGTP tem reiterado a proposta de que o salário mínimo chegue aos 850 euros num curto espaço de tempo. A UGT deverá votar favoravelmente no próximo secretariado nacional uma proposta de aumento de pelo menos 35 euros.
Este ano, o salário mínimo nacional subiu de 600 para 635 euros.
João Leão pôs de parte, por agora, um novo orçamento suplementar para este ano.
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