“Claramente, a realidade no terreno continua a ser difícil. O tempo de austeridade acabou, mas o fim do programa não é o fim do caminho das reformas”, disse, em comunicado, Pierre Moscovici.
De acordo com o comissário europeu, “ainda há muito trabalho a ser feito para que a Grécia possa sustentar-se”, sublinhando que “reduzir a dívida pública e continuar as reformas deve ser a principal prioridade do Governo grego”.
Moscovici assegurou ainda que o programa de monitorização que será aplicado à Grécia não constitui um quarto resgate “disfarçado”, nem “implica novas medidas ou reformas”.
Para o comissário, a conclusão do programa representa “um momento histórico” para a Grécia e para toda a Europa.
Também hoje, o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, congratulou-se com a recuperação da autonomia da Grécia, na saída do último programa de resgate, apontando que o país será “uma história de êxito”.
“Há algum tempo nada faria crer que Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre seriam histórias de êxito. Refiro-me sempre a estes países como as nossas quatro histórias de sucesso. Agora poderei incluir a Grécia neste grupo”, seguindo sempre as reformas acordadas, disse Klaus Regling ao diário grego News247.
Klaus Regling lembrou ainda a importância de a Grécia continuar as reformas realizadas e concretizar os compromissos firmados com as instituições credoras.
A Grécia concretiza na segunda-feira a saída do seu terceiro programa de assistência, numa data histórica para o país e para a zona euro, que vira a página sobre oito anos de resgates.
A Grécia, o país europeu mais atingido pela crise económica e financeira, foi o primeiro e último a pedir assistência financeira — e o único “reincidente” –, e a conclusão do seu terceiro programa assinala também o fim do ciclo de resgates a países do euro iniciado em 2010, e que abrangeu também Portugal (2011-2014), Irlanda, Espanha e Chipre.
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