Depois da conferência de imprensa em que, juntamente com o ministro das Finanças, apresentou os detalhes da venda do Novo Banco, António Costa dirigiu-se para o Jantar da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, que decorre num hotel em Lisboa, tendo à chegada sido questionado pelos jornalistas sobre a reação da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager.
"Isto foi uma solução - como foi aliás explicado pela comissária Vestager - que foi sendo trabalhada em conjunto com as instituições europeias e só assim foi possível termos uma solução boa para a nossa economia, boa para a estabilidade do sistema financeiro e boa para a União Europeia. Devemos ficar contentes com isso", disse.
Antes, a Comissão Europeia congratulara-se com a venda do Novo Banco à Lone Star, afimando que está a aguardar a apresentação do plano final de reestruturação do banco para que o negócio seja formalmente aprovado segundo as regras europeias.
Numa nota enviada pelo gabinete da comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, à agência Lusa sublinha-se "o objetivo de levar o Novo Banco à viabilidade a longo prazo".
"Os serviços da Comissão irão agora contactar Portugal e o comprador sobre os detalhes do plano final de reestruturação do Novo Banco. Este plano deverá ser apresentado à Comissão para que a venda seja formalmente aprovada ao abrigo das regras comunitárias em matéria de auxílios estatais", afirmou um porta-voz da Comissão.
O grupo norte-americano de fundos de investimento Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação e 250 milhões de euros até 2020, anunciou o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, confirmando a venda e assinatura dos documentos contratuais por parte do Fundo de Resolução.
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