Considerando um "erro" a decisão de venda à Lone Star, a coordenadora do BE, Catarina Martins, advoga que a decisão “não pode ser tomada à margem do parlamento”, uma vez que são “muitos milhares de milhões de euros dos contribuintes, muitas responsabilidades para o futuro, muitas responsabilidades que ficam para governos futuros pagarem”.
Neste sentido, o BE requereu um debate parlamentar de atualidade sobre o processo de venda do Novo Banco, que está agendado para as 15:00.
Entretanto, o PCP anunciou que vai apresentar um projeto de resolução no parlamento que recomenda ao Governo PS a suspensão da venda do Novo Banco e a sua nacionalização.
Na sequência do anúncio da venda, o PSD acusou o primeiro-ministro, António Costa, de ter agravado as dúvidas “se não mesmo as suspeitas” sobre a venda do Novo Banco à Lone Star e insistiu que o Governo tem que dar mais explicações, enquanto o CDS-PP considerou que o Governo falhou objetivos com a solução da venda do Novo Banco.
Já o PS requereu uma audição urgente do governador do Banco de Portugal e do responsável pela negociação da venda do Novo Banco, Sérgio Monteiro, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças sobre o processo de alienação daquela instituição.
A venda do Novo Banco ao fundo de investimento norte-americano Lone Star foi anunciada na passada sexta-feira pelo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, em conferência de imprensa, tendo sido explicada horas mais tarde pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.
A Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho a operação, que deverá estar concluída até ao final do ano, e 250 milhões de euros até 2020.
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