Citado pela mesma publicação, o responsável pelas operações de retalho do Ingka Group, principal retalhista da IKEA, Tolga Oncu, disse que o grupo iniciou conversações com a Bélgica, Croácia, República Checa, Irlanda, Portugal, Roménia, Sérvia, Espanha e Estados Unidos.

De acordo com o mesmo responsável, o grupo previa, inicialmente, uma quebra nas vendas entre 70% e 80% devido à pandemia de covid-19, mas a procura registada após a reabertura das lojas tem permitido mitigar o impacto, optando assim a cadeia sueca de mobiliário por devolver os montantes em causa.

“Atualmente sabemos mais do que em fevereiro e março, assim devemos começar por dizer muito obrigado pela vossa ajuda durante este período difícil e agora vamos analisar a melhor forma de devolver os apoios”, afirmou.

A IKEA adiantou ainda ao Financial Times que as discussões estão numa fase inicial e, tendo em conta as diferenças nos mecanismos de apoio entre os nove países, ainda não está estipulada a forma como os montantes serão devolvidos.

Em Portugal a Ikea tem cinco lojas (Alfragide, Loures, Loulé, Matosinhos e Braga), que estiveram encerradas entre 18 de março e 31 de maio.

A companhia sueca colocou 65% dos trabalhadores (colaboradores das lojas, escritórios e centro de apoio ao cliente) em lay off, tendo pago o salário a 100%.

Em declarações à Lusa, fonte oficial da IKEA Portugal assegurou que o grupo manifestou, na semana passada, a intenção de devolver ao Governo português os apoios, não tendo ainda estimado os montantes em causa.

“Vamos avaliar a forma como vamos proceder à devolução. No final do mês contamos reunir com o Ministério do Trabalho”, afirmou a mesma fonte, acrescentando que a IKEA Portugal “está muito honrada e feliz com a decisão do grupo”.

[Notícia atualizada às 19h07]