“Para 2019 prevê-se um crescimento do investimento de 7%, impulsionado quer pelo investimento privado, quer pelo investimento público, consubstanciando uma aceleração face a 2018 (5,2%)”, indica o documento divulgado após a sua entrega no parlamento.

Relativamente ao investimento público, “prossegue o compromisso de melhoria dos serviços públicos e apoio ao crescimento económico, com um aumento de 710 milhões de euros, em 2019”, precisa o executivo na proposta.

Ao mesmo tempo, “estima-se que o investimento em grandes projetos estruturantes atinja os 1.100 milhões de euros, antevendo-se que o crescimento acelere nos próximos anos, refletindo, por um lado, a maior execução dos fundos estruturais associados ao Portugal 2020, com um pico em 2022, e, por outro lado, a expansão da capacidade produtiva da economia”, acrescenta o Governo, especificando que os principais investimentos são nas áreas da Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura, Transportes, Ambiente, Agricultura, Defesa, Administração Interna e Justiça.

Em 2017, o investimento aumentou 9,2%.

No que toca ao comércio internacional, a proposta de OE2019 estima uma “desaceleração do crescimento das exportações, em linha com a procura externa relevante”, bem como um abrandamento das importações, “refletindo a evolução da procura global”.

Assim, no que toca às exportações, o executivo aponta uma subida de 4,6% em 2019, inferior à de 6,6% prevista para este ano.

Quanto às importações, o Governo refere uma taxa de crescimento de 4,8% no próximo ano, mais contida face à de 6,9% em 2018.

“Em relação às componentes do PIB [Produto Interno Bruto], estima-se que em 2018 o consumo privado, fruto do aumento do rendimento disponível das famílias, mantenha o crescimento observado em 2017, abrandando em 2019 (1,9%)”, indica a proposta de OE2019.

O executivo adianta no documento que “o crescimento do consumo público deverá igualmente desacelerar em 2019 para 0,2%, refletindo a natureza da política orçamental adotada”.

Na proposta de OE2019, o Governo estima um crescimento do PIB de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB.

No documento, o executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.

“Para 2019, perspetiva-se um marco histórico para a economia portuguesa, com o saldo orçamental a registar uma situação próxima do equilíbrio entre receita e despesa (-0,2% do PIB) e registando-se, em paralelo, uma diminuição do rácio da dívida pública para 118,5% do PIB (-10,7 pontos percentuais ao longo de três anos)”, realça o executivo.