Reagindo à única proposta que o Governo trouxe para a terceira e última reunião com as estruturas sindicais da função pública, que prevê um aumento de sete para 10 euros para os trabalhadores cuja remuneração atual está entre os 635,07 euros e os 683,13 euros, José Abraão afirmou que a posição do Governo será agora avaliada e terá uma resposta por parte da estrutura sindical.

“A Fesap vai reunir secretariado nacional depois do Carnaval e há de decidir tomar posição relativamente a esta postura de inflexibilidade do Governo”, salientou José Abraão, depois de ter afirmado que este processo negocial “foi um embuste” em que centenas de milhares de trabalhadores “são ignorados”.

Em 2020, o Governo vai aumentar em 10 euros os funcionários públicos que estão posicionados nos níveis 4 e 5 da Tabela Remuneratória Única (TRU), mantendo para os restantes a atualização de 0,3% que já tinha ficado acertada antes da aprovação do Orçamento do Estado para 2020.

A expectativa é que os aumentos possam começar a ser pagos em março, com retroativos a janeiro.

Sublinhando que a proposta de aumento salarial na função pública também tem efeitos negativos e prejudica a negociação coletiva no setor privado, o secretário-geral da Fesap adiantou que esta avaliação será feita na reunião da estrutura sindical, a realizar depois do Carnaval, não rejeitando o cenário de avaliação de ações de luta coordenadas com outras estruturas sindicais.

“Estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa [com outros sindicatos] para encontrar um máximo denominador comum para responder”, referiu.

José Abraão manifestou-se ainda “desiludido” com a forma como decorreu este processo negocial e lamentou que o Governo insista em “aumentos ridículos” de 0,3% sem sequer trazer para a reunião de hoje uma proposta que contemplasse atualizações salariais num quadro plurianual, o aumento do subsídio de refeição ou a reposição dos 25 dias úteis de férias.

(Artigo atualizado às 15:56)

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