“O investimento deverá crescer acima de 20%, quer em 2020, quer em 2021, em grande medida impulsionado por investimentos estruturantes cujo montante deverá aumentar cerca de 1.000 milhões de euros no próximo ano”, lê-se no documento, que atribui este crescimento a “projetos relacionados com mobilidade sustentável, saúde e educação”.

Além disso, “a evolução do investimento no segundo semestre de 2021 será também influenciado pelo início da execução dos projetos previstos no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”.

Para o ano, “o investimento público aumentará por três vias”, destacou o relatório que acompanha a proposta de OE2021.

“A primeira deriva dos investimentos estruturantes, que demonstraram em 2020 uma forte execução face a 2019 (+345 milhões de euros)”, lê-se no documento.

Além disso, o investimento irá crescer “através de um incremento do investimento no âmbito das medidas previstas no Programa de Estabilização Económica e Social, cuja preparação e implementação se iniciou já em 2020″ e com o “Plano de Recuperação e Resiliência que incorporará diversos projetos de investimento ligados a reformas essenciais para o desenvolvimento do país, alavancando até 2026 o nível de investimento público com financiamento europeu”, de acordo com a proposta.

Na proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), entregue na segunda-feira no parlamento, o Governo prevê para este ano uma recessão de 8,5% e que a economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, “ano em que se alcança um nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica”.

Segundo a proposta de Orçamento, também será em 2022 que Portugal voltará a cumprir as regras impostas por Bruxelas relativas ao défice orçamental, que deverá atingir 7,3% do PIB em 2020, 4,3% em 2021 e 2,8% em 2022.

O Governo estima que o rácio da dívida pública registe uma melhoria em 2021, passando a representar 130,9% do PIB, depois de atingir os 134,8% em 2020.

Quanto ao desemprego, este ano deverá subir até uma taxa de 8,7%, descendo em 2021 para os 8,2%..