De acordo com um comunicado enviado à comunicação social pelo gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, que tutela o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ) através da secretaria de Estado do Turismo, o crescimento do volume de apostas mais expressivo ocorreu a partir de meados de março, especialmente durante o mês de abril.
A partir de maio, a tendência de crescimento atenuou-se e no final do semestre já se observaram valores próximos dos registados no anterior ao início da pandemia.
“Esta evolução poderá ser explicada, parcialmente, não só pelo encerramento, em 14 de março, por força da covid-19, de todos os casinos, (onde são explorados os jogos de fortuna ou azar de base territorial), tendo estes retomado a sua atividade em 01 de junho, mas eventualmente devida também à redução de oferta verificada nas apostas desportivas ‘online’ nesse período”, esclarece o Ministério.
O SRIJ divulgou hoje, na sua página da internet, um relatório que analisa a evolução mensal, durante o primeiro semestre deste ano, no mercado de jogos e apostas ‘online’.
Os resultados observados demonstram que a pandemia de covid-19 teve impacto no mercado dos jogos e apostas ‘online’, “traduzindo-se em variações significativas e atípicas no volume de apostas realizado, contrariando as tendências normais de crescimento que vinham sendo observadas em período anterior”, refere o ministério, na mesma nota.
“O mercado regulado nacional dos jogos e apostas ‘online’, apesar de recente e, por isso, pouco maduro, revelou-se capaz e apto, sem sobressaltos, a resistir e a adaptar-se num período de grandes mudanças, retomando, a partir de junho de 2020, uma progressiva e gradual atividade, voltando a padrões de jogo similares aos anteriores à doença covid-19″, acrescenta.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.
Os efeitos da pandemia já se refletiram na economia portuguesa no segundo trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 16,5% face ao mesmo período de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
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