Os números foram avançados hoje pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, João Paulo Saraiva, responsável pelo pelouro das Finanças. Segundo o vereador, a dotação de 100 milhões da despesa relacionada com a pandemia de covid-19 poderá ser reforçada através da reserva de contingência, que terá alocados cerca de 85 milhões de euros.

“Na despesa estamos preparados para, se tivermos uma pandemia mais intensa e mais profunda nos seus efeitos, mais prolongada, termos condições, através da reserva de contingência, de reforçar essas mesmas dotações”, afirmou João Paulo Saraiva, durante a apresentação do orçamento do município para 2021, que se realizou nos Paços do Concelho.

Além desta reserva de contingência, a autarquia lisboeta (liderada pelo PS) “irá deixar reservada alguma capacidade de endividamento” a que recorrerá “caso tudo corra ainda pior”.

Ao nível da receita, o vice-presidente da autarquia adiantou que a Taxa Municipal Turística “obviamente é talvez a receita em que mais impactou a pandemia” de covid-19, estando apenas inscritos no orçamento para o próximo ano 14,5 milhões de euros.

Em 2020, a autarquia previa ter uma receita de cerca de 33 milhões de euros com a Taxa Municipal Turística, mas agora a expectativa é fechar o ano com uma cobrança de apenas 12 milhões de euros.

O impacto da pandemia no total das receitas em 2021 deverá ser de 100 milhões de euros.

A Câmara Municipal de Lisboa prevê um orçamento de 1,15 mil milhões de euros para 2021, menos 11% em relação a este ano (1,29 mil milhões).

Para o próximo ano, segundo o vereador das Finanças, devido à pandemia de covid-19, prevê-se uma “baixa de receita e aumento da despesa”.