“Em tudo o que é avanço e conquista, a proposta de Orçamento tem a intervenção do PCP, as suas propostas e a sua persistência”, assinalou hoje o deputado comunista Paulo Sá, falando no debate na generalidade do OE para 2018.

O deputado do PCP enumerou áreas como as “imposições da União Europeia”, a “prevalência dos interesses do grande capital” ou os “ruinosos encargos com as parcerias público-privadas” como matérias que limitam maiores avanços no Orçamento.

“O que justifica uma meta para o défice de 1% do PIB conhecendo-se, como se conhecem, os problemas que o país enfrenta? Não deveria a prioridade ser o crescimento económico e a criação de emprego, mesmo que isso implicasse um défice superior?”, questionou Paulo Sá.

Antes, o porta-voz do CDS-PP, o deputado João Almeida, havia criticado uma proposta de Orçamento em que o Estado “que supostamente dava” aos cidadãos é o mesmo Estado “que depois acaba por tirar”.

“São aumentos atrás de aumentos”, advogou o centrista, falando de matérias como os combustíveis ou a taxação sobre produtos com sal e açúcar.

“Na conjuntura melhor que algum governo teve desde a entrada do euro”, o executivo do PS, viabilizado à esquerda no parlamento, “escolheu fazer um orçamento a bem de si próprio e não de Portugal, e a conclusão é óbvia: não pode correr bem”, defendeu João Almeida.