O projeto pertence à empresa Cleanwatts que, num conjunto de respostas enviadas à agência Lusa por correio eletrónico, indica ainda que vai investir “300 mil euros” nesta CER.

No mesmo documento, a diretora de Comunidades de Energia da Cleanwatts, Maria João Benquerença, explica que a empresa está preparada para avançar com o projeto, mas os prazos para concretizar a obra estão dependentes da “celeridade de aprovação” por parte da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e da E-Redes.

Em comunicado enviado à Lusa, a Cleanwatts explica que este projeto, “sem nenhum custo para o cliente”, tem como objetivo “a sustentabilidade, a redução de custos” relacionados com a energia desta zona e, também, o “combate à pobreza energética” entre as famílias carenciadas daquela região alentejana.

“Esta comunidade tem a sua central fotovoltaica distribuída por uma instalação de 260 quilowatts (kW), no terreno e num telhado privados da zona industrial”, revelam os promotores no documento.

Esta CER, segundo a Cleanwatts, originará um desconto médio de 68% face à tarifa estimada para a energia da rede, contribuindo, também, para uma “maior independência” energética da zona industrial de Portalegre.

Citada no comunicado, Maria João Benquerença explica ainda que a central fotovoltaica vai contar com “cerca de 550 painéis solares”.

Nas respostas às questões colocadas pela Lusa, Maria João Benquerença revela também que a Cleanwatts, no final de 2022, garantiu contratos para investimento na região de Portalegre que “superam um milhão de euros”.

A empresa vai desenvolver novas CER na região de Portalegre, esperando, “em breve”, assinar “mais quatro contratos” nesta área.

“A perspetiva, para 2023, é de forte investimento nesta região do país. O Alto Alentejo é uma região de excelência onde a Cleanwatts pretende continuar a apostar”, acrescenta a responsável.