“Portugal é único”, afirmou Giorgio Pradelli, CEO da EFG International, Banco suíço (private banking) que entrou em Portugal no início de setembro e foi apresentado hoje, num encontro com a imprensa portuguesa, em Lisboa.

E apresenta “vantagens adicionais” em relação ao resto da Europa (em especial do Sul). Vantagens que a delegação de Miami deste banco privado helvético, fundado em 1995 e com presença forte presença nos principais centros financeiros e nos mercados emergentes (que trabalha o mercado da América do Sul, onde se inclui o Brasil) chamou a atenção para a sede do banco, em Zurique. “Avisou-nos que Portugal seria atrativo para os cidadãos brasileiros”, confidenciou, questionado pelo SAPO24 sobre as razões que diferenciavam o país dos restantes, em especial da Europa do Sul.

Atentos à recuperação económica no pós-crise dos países do sul da Europa, “aconselhados” por Miami, a “ligação e o conhecimento do mercado angolano”, o “programa de Vistos Gold” e, o facto de “poder vir a beneficiar do Brexit”, tudo junto transformam Portugal num “grande mercado, com grande potencial”, rematou Giorgio Pradelli.

Bernardo Meyrelles, novo Country Head do EFG International em Portugal, ex-Deutshe Bank e “três dias de banco” reforçou que, tendo em conta o pós-crise, “existe no mercado nacional atração e retenção da riqueza”. A diáspora portuguesa, “muito forte, rica e trabalhadora” que “nunca gosta de perder a ligação ao país” e os “não-portugueses, que começaram a contatar há pouco tempo com o país, com a realidade portuguesa”, sobretudo asiáticos, africanos, do norte da Europa e brasileiros”, contribuíram para a entrada do banco em território nacional.

Portugal é visto como “um destino”, pelo que “estamos a olhar para essa comunidade”, garantiu, enquanto deixou escapar que, com naturalidade, “o imobiliário” será parte das soluções de gestão de investimento soluções e fortunas.

O Banco suíço que a nível mundial tem 136 mil milhões de ativos sob gestão, em Portugal, que opera como nova sucursal da entidade luxemburguesa EFG Bank (Luxemburgo), espera gerir 1,35 mil milhões de euros, até 2022.

Para além de serem “um dos três bancos de private banking a operar fisicamente em Portugal”, são “o primeiro a ter uma presença física fora de Lisboa”, abrindo um escritório no Porto. “Queremos abordar a região norte, a partir do norte, já a partir de amanhã”, realçou Bernardo Meyrelles.

Caracterizado pelo CEO do EFG International como um banco “novo”, Giorgio Pradelli fez questão de recordar que o banco privado “focado no private banking”, nasceu como como uma “startup (boutique financeira)” e chegou “ao topo do private banking suíço”. Com três mil colaboradores diretos, 737 dos quais como gestores de clientes, presença em 28 países, assumem-se como um “player global com foco local”, frisou ainda Adrian Kyriazi, diretor para a Europa Continental.