O barril de ‘light sweet crude’ (West Texas Intemediate) para entrega em novembro, referência do petróleo nos Estados Unidos da América, subiu 2,05 dólares, para fechar nos 75,30 na bolsa de mercadorias nova-iorquina (New York Mercantile Exchange).
Em Londres, o barril de Brent, do mar do Norte, para entrega em dezembro, que teve hoje o seu primeiro dia neste contrato de referência, acabou nos 84,98 dólares na Intercontinental Exchange, mais 2,25 dólares do que o registado no fecho da sessão de sexta-feira.
Os investidores “continuam a observar com inquietação as perdas associadas ao Irão”, um dos maiores produtores de petróleo, sublinharam os analistas da Schneider Electric.
Mesmo que as sanções norte-americanas contra o Irão só comecem a vigorar em novembro, já é visível o recuo das exportações iranianas.
A 1,72 milhões de barris por dia, já estão no mínimo desde fevereiro de 2016, segundo a agência Bloomberg, que compila informação obtida seguindo os petroleiros por satélite.
Em relação a abril, caíram 39%, mesmo antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a saída dos EUA do acordo sobre o nuclear iraniano.
Os intervenientes no mercado observam ao mesmo tempo e com mais atenção como evolui a produção nos EUA e na Arábia Saudita.
As estatísticas semanais da empresa de serviços petrolíferos Baker Hugues divulgadas na sexta-feira indicam que o número de poços de petróleo em funcionamento recuou ligeiramente na semana passada nos EUA, indicando uma potencial baixa da extração no país.
É particularmente difícil aumentar o número de poços na região entre os estados do Texas e do Novo México, onde a produção de petróleo de xisto bate recordes desde há alguns anos, mas que está sem oleodutos para o transporte.
Donald Trump, que recentemente multiplicou os ataques à subida dos preços do petróleo, tornou a abordar o tema da instabilidade do mercado durante uma conversa telefónica com o rei Salman, da Arábia Saudita, no sábado, segundo a estação televisiva Al Arabiya.
Os dirigentes sauditas, tal como os russos e os do conjunto dos Estados envolvidos num acordo de limitação da produção, que contribuiu fortemente para a subida dos preços desde o final de 2016, não anunciaram o aumento da sua produção durante a última reunião de monitorização, no final de setembro, em Argel.
As cotações do petróleo beneficiaram, assim, do compromisso, alcançado na noite de domingo, sobre um novo acordo de comércio livre para a América do Norte, designado Acordo Estados Unidos– México–Canadá (AEUMC), em substituição do Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês), datado de 1994.
O novo acordo permite afastar o risco de tensões comerciais perturbadoras a longo prazo do crescimento económico, o que poderia inclusive vir a afetar a procura petrolífera.
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