"As negociações com os sindicatos continuam a correr, acho que estão a correr bem", disse Pablo Forero em conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais do banco (lucros de 134,5 milhões de euros).

Confrontado com uma pergunta sobre como poderia considerar que há um rumo positivo no processo negocial quando há uma ameaça de greve, o gestor do banco, detido pelo espanhol CaixaBank, considerou que "faz parte".

"Não sei como isto acontece em Portugal, mas em Espanha faz parte da conversa alguma ameaça de greve por parte de um sindicato. Os outros sindicatos não sei se estão a dizer o mesmo", respondeu Pablo Forero, acrescentando que "isso faz parte da negociação e de pôr as coisas em cima da mesa".

Pablo Forero considerou que atualmente se está "no momento mais importante da negociação, onde todos os sindicatos e os bancos fazem a avaliação das posições e até onde podem chegar".

Os sindicatos Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), de Bancários do Norte (SBN) e Independente da Banca (SIB) aprovaram na quarta-feira uma paralisação e o recurso ao fundo de greve, que só avançará caso os bancos "se mantenham intransigentes".

No dia seguinte, dois dos sindicatos de bancários que reuniram com os bancos, com vista ao entendimento sobre a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) no setor para 2019, disseram à Lusa que "não houve evolução" nas negociações.

De acordo com os sindicatos, os bancos não sobem da proposta de aumento de 0,75%, algo contestado pelos representantes dos trabalhadores, que pretendem um valor superior.

O líder do BPI considerou que as negociações "ainda vão demorar alguns meses a chegar a uma conclusão", e que por isso o BPI optou por "antecipar um incremento salarial" às suas equipas "para não ter que esperar até ao final deste processo".

"A negociação de 2018 demorou mais de 12 meses, e agora estamos numa negociação que só começou há três, acho eu. Estamos no princípio", concluiu Pablo Forero.

Sobre a diminuição de trabalhadores e balcões no BPI, o presidente executivo disse que a saída de 58 pessoas desde o final de 2018 foram "saídas normais" e também de trabalhadores que mudaram para empresas vendidas ao CaixaBank, acionista único do BPI.

Assim, os trabalhadores do banco passaram de 4.388 no final de 2018 para 4.350 no final do primeiro semestre de 2019.

Desde o final do ano passado o BPI reduziu também o número de balcões em nove, de 421 para 412.

Os custos com pessoal aumentaram 2,5% no primeiro semestre de 2019 para 122,2 milhões de euros, o que compara com 119,2 milhões em igual período de 2018.

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