Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS João Galamba afirmou que "são números muito positivos” e, sobretudo numa altura em que a economia europeia parece estar em desaceleração, “dão confiança na robustez do crescimento da economia”.

O deputado socialista assinalou também que este “é o terceiro ano seguido em que há mais 100 mil empregos criados por ano”.

João Galamba destacou ainda “a queda muito significativa no desemprego de longa duração (pessoas há mais de um ano à procura de emprego) e, sobretudo, o desemprego jovem, que está pela primeira vez em muitos anos abaixo dos 20%”, quando, no início da legislatura estava acima dos 30%.

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego desceu para 6,7% no segundo trimestre, atingindo o "valor mais baixo da série iniciada no primeiro trimestre de 2011".

Em termos salariais, salientou ainda o parlamentar do PS, “o rendimento médio dos portugueses, que estava a crescer cerca de 2% em 2017, acelerou fortemente em 2018 e, no último trimestre, cresceu 4%, o que mostra uma dinâmica de reforço da massa salarial e de reforço também do aumento do rendimento das famílias portuguesas".

Esta manhã, também a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu que a descida do desemprego é positiva, mas considerou que "não tem a ver com a ação do Governo" e foi alcançada "à boleia da reforma laboral" do anterior executivo.

"Tudo o que é boa notícia para o país é boa notícia para nós também. Tenho-o dito muitas vezes. Nessa matéria, creio que o Governo levou uma boleia muito grande da reforma laboral feita pelo anterior Governo que, como está à vista, ajudou a favorecer uma descida do desemprego", defendeu Assunção Cristas.

Questionado sobre esta posição, João Galamba respondeu que, ao contrário do que defendiam Assunção Cristas, o CDS-PP e o PSD “o aumento do salário mínimo não é um impedimento ao crescimento do emprego".

"São três anos de subida do salário mínimo e a criação de emprego tem sido robusta, sobretudo nos jovens, a inversão das políticas [do Governo PSD/CDS] traduziu-se na criação de emprego e valida as atuais políticas”, argumentou João Galamba.


Notícia atualizada às 18:52. Nova versão para corrigir no sexto parágrafo o valor do crescimento salarial que foi de 2% em 2017% e não de 12%.