"O Orçamento do Estado para 2017 é um pacote de aumento de impostos. Em 2017 os portugueses vão pagar mais 3,6 mil milhões de euros em impostos e contribuições do que pagaram em 2015", com o executivo de PSD e CDS-PP no poder, advogou o deputado do PSD António Leitão Amaro, comentando a proposta de Orçamento no parlamento.
Neste pacote estão “não uma, não duas, não três, mas pelo menos 12 cargas de impostos a pagar” pelos portugueses em áreas como “habitação, veículos, bebidas alcoólicas, combustíveis, alojamento local, tabaco ou as balas” para armas, precisou Leitão Amaro.
O deputado do PSD chamou ainda a atenção para o que diz ser a "grande farsa" em torno do fim da sobretaxa de IRS.
"Há meses que as esquerdas prometeram, e foi aprovado e ficou em lei, que a sobretaxa de IRS acabava em 2016. Mas não. Afinal a sobretaxa não acaba em janeiro, em abril, em junho, em novembro de 2017. Aplica-se a todo o ano", sustentou Leitão Amaro.
E concretizou: "Com este Orçamento todos os rendimentos dos portugueses pagos do primeiro ao último dia de 2017 estão sujeitos a sobretaxa. Mas o Governo preferiu enganar os portugueses, usando um truque que lhes sai caro: vão parando as retenções na fonte, os adiantamentos de impostos, criando a ilusão nas pessoas que a sobretaxa acabou. Mas a sobretaxa vai continuar a ser aplicada e no ano seguinte as pessoas vão pagá-la de uma só vez".
O Governo apresentou hoje a proposta de Orçamento do Estado de 2017 que prevê um crescimento económico de 1,5%, um défice de 1,6% do PIB, uma inflação de 1,5% e uma taxa de desemprego de 10,3%.
Para este ano, o executivo liderado por António Costa piorou as estimativas, esperando agora um crescimento económico de 1,2% e um défice orçamental de 2,4% do PIB.
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