De acordo com dados do último relatório mensal do Ministério das Finanças sobre receita fiscal petrolífera, compilados esta quarta-feira pela Lusa, a petrolífera estatal, liderada pela empresária Isabel dos Santos, gerou receitas fiscais em nove das 12 concessões analisados nas contas de outubro, menos uma concessão face a setembro.
O melhor registo do ano da Sonangol foi em janeiro, com 109,3 milhões de kwanzas (558 milhões de euros), mas logo em fevereiro caiu para mínimos anuais, de 61,7 milhões de kwanzas (315 milhões de euros).
A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), concessionária do setor petrolífero, está em processo de reestruturação e é liderada desde junho de 2016 pela empresária Isabel dos Santos.
Globalmente, Angola exportou 48.237.941 barris de crude em outubro, uma quebra de 3.517.483 barris face a setembro, fazendo subir o preço médio de cada barril para mais de 54 dólares, acima dos 46 dólares que constam da previsão inscrita no Orçamento Geral do Estado para 2017.
Angola produziu 630.113.030 barris de petróleo bruto em 2016, equivalente a uma média diária de 1.721.620 barris, o que representa uma quebra de 3% face ao total do ano anterior, justificada pela Sonangol com a paragem de produção, programada, num campo do bloco 17, durante 35 dias, com perdas estimadas de 210.000 barris por dia.
De acordo com o relatório e contas da petrolífera, apresentado em junho, o resultado líquido consolidado da Sonangol em 2016 foi de 13.282 milhões de kwanzas (68 milhões de euros), uma quebra de 72% face ao exercício de 2015, "como resultado de uma diminuição nos resultados financeiros e nos resultados de filiais e associadas".
Já o EBITDA consolidado (resultado operacional isento de impostos e amortizações) atingiu em 2016 os 525.266 milhões de kwanzas (2,7 mil milhões de euros), um crescimento de 36% em termos homólogos, ainda de acordo com a Sonangol.
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